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Ciclo Dinheiro

4 a 30 novembro 2022
Logótipo do ciclo Dinheiro com o símbolo do dólar a verde dentro de um decágono branco

Ouve-se, muitas vezes, que o mundo gira à volta do dinheiro porque é o principal meio usado na troca de bens. Habitualmente tem a forma de moedas e de notas emitidas pelo governo de cada país. Quando é físico, vemos os valores desenhados num
papel ou cunhado em pequenas peças de metal. Mas o dinheiro também pode ser abstrato e existir dentro de uma conta bancária.

 

No LU.CA, com o Ciclo Dinheiro, procuramos explorar este assunto de diferentes formas, respeitando a sua importância, mas sem nos deixarmos enlear por esse “vil metal”, expressão que dá titulo ao livro de George Orwell para nos explicar a sua relação com o valor do dinheiro. O significado de valor atribuído às coisas é muito relativo, reparem naquela cidade que Marco Polo descreve, a Kublai Kan, no livro Cidades Invisíveis, de Italo Calvino, toda feita de ouro. Era tão surpreendente e afinal tão inútil. Nessa cidade, um pouco do cimento das cidades contemporâneas poderia ter o valor que nós atribuímos ao ouro. Ou ainda, no mito de Midas, cuja difusão das suas peripécias serviu para lançar luz sobre a ganância humana porque lhe foi concedido o dom de transformar tudo o que tocasse em ouro: o pão, a taça de vinho, Phoebe – a sua filha – e até a areia junto ao rio Pactolo. Quase morreu de fome…

 

Quanto vale um sorriso, uma surpresa, um amigo, uma noite de luar ou o fundo do mar? Há coisas que nenhum dinheiro compra porque “não têm valor”: o que queremos dizer é que tem tanto valor que não há dinheiro que possa comprar. Por acreditarmos que se pode ganhar mais quando se aprecia a areia da praia ou o brilho invisível das pequenas coisas, insistimos na relação com o dinheiro como meio e não como um fim. Apelamos a que demos mais relevância ao que está à nossa volta que não passa por notas, moedas ou bitcoins mas que depende mais do que cada um pode contribuir na relação com o outro e com o
que está sua nossa volta.

 

Inspirados por estas ideias idealizamos, para o mês de novembro, uma série de propostas para a sala, o entrepiso e online, que seguramente nos vão enriquecer.

 

O Papel do Dinheiro, de mala voadora (Teatro)

 

O que pode ser o Dinheiro?, de João Sobral (Exposição)

 

Minimercado, de Oficina Fritta (Atividade-Jogo)

 

Miniconferências online, de Serviço Educativo do Museu do Dinheiro (Pensamento)

 

Dinheiro, para que serves? Oficina de literacia financeira, de Margarida Madeira e Sónia Morgado (Oficina)

 

O Valor das Pequenas Coisas, de João de Brito (Teatro)

 

O que é um tesouro?, de Festival Play (Cinema)