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Os livros da Teresa Coutinho

Há novos livros na Biblioteca do Público do LU.CA, escolhidos pela criadora do espetáculo Peço a Palavra
Elenco do espetáculo Peço a Palavra em pose num cenário pouco iluminado com uma cor arroxeada

Teresa Coutinho, a criadora de Peço a Palavra, escolheu vários livros que orbitam à volta do espetáculo.

 

SEM ABRIGO, de Maria Inês Almeida e José Almeida de Oliveira, Ilustração de Cátia Vidinhas, ed. Nuvem de Letras

“A vida dos sem-abrigo vista pelos olhos de uma criança”. Sendo o espetáculo sobre direitos humanos e num momento em que o direito à habitação tem sido tão posto em causa, sugerimos este livro por acreditarmos que despertará a consciência de todes que o lerem para a desigualdade social e para a importância do sentido cívico e de solidariedade de todes nós.

Para todas as idades, sobretudo mais novos

 

MENINO, MENINA, de Joana Estrela, ed. Planeta Tangerina

Um livro para todas as idades que aborda o tema da identidade de género com humor e sensibilidade, relacionando-se com algumas das questões levantadas pelo espetáculo: o direito à dignidade e igualdade de oportunidades, independentemente da nossa especificidade.

Para todas as idades, sobretudo mais novos

 

A GUERRA, de José Jorge letria e ilustrações de André Letria, ed. Pato Lógico 

Um livro belíssimo e tocante sobre a guerra e as atrocidades em nome dela cometidas, que nos lembra que o ódio só gera mais ódio, a ganância só gera mais ganância, a intolerância só gera mais intolerância. Um livro que devia ser oferecido a todas e todos aquelas e aqueles que estão no poder.

Para todas as idades

 

GRANDE HISTÓRIA VISUAL DA FILOSOFIA, de Masato Tanaka e Tetsuya Saito, ed. Marcador

Quando falamos da Declaração dos Direitos Humanos, quando falamos de Nações Unidas, quando falamos de assembleia, falamos de política. E pensar a política e o nosso papel enquanto cidadãos e agentes políticos é, necessariamente, pensar também em filosofia. A Grande História Visual da Filosofia ajuda-nos a estabelecer as bases para compreendermos melhor a História do Pensamento Ocidental e aprendermos, graças a esse conhecimento, a usar melhor as ferramentas da reflexão.

Para maiores de 12

 

NÃO SEREI EU MULHER?, de Bell Hooks, ed. Orfeu Negro

Bell Hooks, feminista e ativista norte-americana, discute neste livro questões como a feminilidade negra, através da análise do impacto do sexismo sobre as mulheres negras durante a escravatura, o envolvimento das mulheres negras nos movimentos feministas e o racismo entre feministas. Sendo Peço a Palavra sobre direitos humanos, é essencial que uma das leituras sugeridas passe pela importância do feminismo interseccional, em que se pensam as diferentes camadas de opressão a que, historicamente, a mulher negra esteve sujeita.

Para maiores de 12

 

CORPOS QUE CONTAM, de Judith Butler, ed. Orfeu Negro

Este livro é um guia didático que propõe caminhos de escuta para as principais óperas do repertório, algumas das quais estão mesmo citadas no Anel do Unicórnio – Uma Ópera em Miniatura, através de personagens-tipo, música e texto.

Para maiores de 16

 

UM QUARTO SÓ SEU, de Virginia Woolf, ed. Penguin Clássicos

«Uma mulher tem de dispor de dinheiro e de um quarto que seja seu, para poder escrever ficção”, diz Virginia Woolf. Neste livro, obra maior do feminismo, Woolf reflete sobre os efeitos que as condições de vida das mulheres têm sobre o que escrevem — a sua sujeição intelectual. Muito mais do que um ensaio sobre mulheres e ficção, esta obra é um hino à independência das mulheres, por uma das mais brilhantes autoras de sempre. Um livro que deve ser lido por todes e que foi lido por mim, Teresa Coutinho, com 16 anos, mudando a minha vida.

Para maiores de 12