Os livros da Joana Providência · LU.CA

Figura feminina segura dois olhos ilustrados ao nível da cara.

A Joana Providência, criadora de Uma Ideia de Justiça, escolheu vários livros que orbitam à volta do espetáculo.

O GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO, ed. Tribunal Constitucional

“Um guardião, toda a gente o sabe, é alguém que guarda alguma coisa. E, em princípio, se queremos guardar uma coisa, é porque ela é importante, tem valor.” O guardião de que trata este livro guarda uma coisa bem real: a Constituição, ou seja, o texto que contém os princípios e as regras que servem de base às leis do nosso país. A constituição é como se fosse o chão onde vamos semear as leis, e convém, por isso, que seja um chão forte, justo, bem-intencionado. Um chão onde podem crescer os sonhos de todas as pessoas que aqui moram.

FANTAMAS, BANANAS E AVESTRUZES, de Catarina Sobral, ed. Assembleia da República

O que são as leis? Para que servem? Quem as faz? Quem as desfaz? Neste livro, Catarina Sobral mostra-nos que as leis estão por todo o lado (mesmo que muitas vezes não se vejam). Por vezes servem para regular coisas pequenas, que não parecem ter grande importância; outras vezes, servem para fazer mover causas maiores. Uma ideia a reter: quando são bem pensadas e bem escritas, as leis têm a capacidade não só de corrigir injustiças como de criar justiça.

GOSTO, LOGO EXISTO, de Isabel Meira e Bernardo P. Carvalho, ed. Planeta Tangerina

A democracia, a justiça e a liberdade andam sempre de mãos dadas, dificilmente vivem umas sem as outras.

Ora, para que a democracia seja forte, e para que nela a vida seja cada vez mais justa e livre para todos, é também necessário que exista jornalismo sólido. Jornalismo que faça o escrutínio dos poderes e investigue o que se passa à nossa volta, o que pode ser melhorado.

Jornalismo com espaço para a discussão, que nos mostre o contraditório, capaz de aprofundar os temas e de nos mostrar a complexidade do mundo. Este livro lança-nos a pergunta: como nos informamos hoje? Formamos as nossas opiniões com base em quê?

Ainda somos capazes de conversar (sobre a justiça, por exemplo) sem ser aos gritos, de costas voltadas?

HERSTORY – UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DAS MULHERES, de María Bastarós, Nacho M. Segarra e Cristina Doura, ed. Orfeu Negro

A história das mulheres tem sido uma batalha constante pela conquista de novos espaços de liberdade, encabeçada por figuras decisivas e iniciativas coletivas. Da Pré-História ao movimento #MeToo, Herstory recupera histórias e imagens de mulheres votadas ao esquecimento pela narrativa ocidental dominante.

MENINAS PEQUENAS/MENINOS PEQUENOS, GRANDES SONHOS, NELSON MANDELA, de Alison Hawkins e Maria Isabel Sánchez Vegara, ed. Nuvem de Letras

O pequeno Nelson, mais tarde veio a ser o primeiro presidente Negro na África do Sul e o tratamento injusto do seu povo.

Já adulto, protestou veementemente contra a Apartheid, um sistema que separava as pessoas com base na cor da sua pele. Até que, um dia, foi preso. Apesar da sua longa caminhada para a liberdade, o Nelson nunca desistiu da luta pela justiça e pela igualdade.