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Livros espetaculares (mesmo!) para A montanha

Sara Amado
Fotografia de cena

Cabeça no ar

Andar de cabeça no ar é andar distraído. Estar de cabeça perdida é estar muito irritado. O melhor mesmo é ter a cabeça no lugar, que quer dizer saber-se bem aquilo que se quer. Só que, às vezes, ser determinado é ser casmurro, e isso pode ter consequências chatas, como ficar mesmo com a cabeça pelo ar, a ser levada pelo vento, perdida. Ou acabar num mundo cinzentão ou completamente derrotado. Ou pior ainda: na barriga de um tigre ou de um leão! E isso não é o que quer dizer “ter o rei na barriga” — embora seja isso mesmo que algumas pessoas têm… O caminho faz-se caminhando e, às vezes, temos de dar grandes voltas, subir a montanhas difíceis para vermos melhor, para percebermos melhor o que devemos fazer. Lá de cima, o mundo vê-se melhor e, quando vemos melhor o mundo, vemo-nos melhor também.

 

Eu quero a minha cabeça

Já deves ter ouvido dizer que não se diz “já vou…” e sim “vou já!”. Parece igual, não é? Mas vê: o primeiro quer dizer que acabarás por ir, eventualmente; o segundo significa que estás a ir, cheio de entusiasmo, naquele preciso momento em que te chamam. Bem, a Céu, definitivamente, nunca ouviu tal coisa. Ela ainda é pequena e um pouco malcriada. Mas, de tanto dizer “não” ao pai, a cabeça saltou-lhe do corpo! E agora vai ser o cabo dos trabalhos para a encontrar. Foi deste livro que nasceu o espetáculo A montanha. Porque as coisas (e também as pessoas) podem transformar-se.

 

Grande coisa

Duarte nem sequer diz não ao pai. Pior do que isso: ele é totalmente indiferente a tudo o que o pai lhe mostra. Nem não nem sim, nem muito nem pouco, nada o entusiasma. Tudo é uma “grande coisa”, o que, por mais estranho que pareça, quer dizer que “não é nada de especial” ou “tanto faz”. Confuso? Será que o Duarte vai achar que é uma “grande coisa” ser engolido por um tigre? O pai parece achar que isso não é nada de especial. Será?

 

Duarte, uma história moral

Outro Duarte? A mim parece-me que chamaram Duarte ao menino do “grande coisa” por causa deste livro, que é bem mais antigo. Por falar em meninos malcriados, olha só o rol de “nãos” do Duarte!… Ao pé dele, a Céu nem se porta muito mal! Mas julgo que aprendeu a lição — que é o que quer dizer moral. Mas será que é mesmo preciso ser comido por um leão para a aprender?

 

A rainha das cores

Há pessoas que ficam mais tristes quando o dia está cinzento, há pessoas que se vestem de preto para mostrar que estão tristes e é verdade que um dia de sol põe toda a gente a rir e a brilhar e que os touros, por exemplo, ficam nervosos quando vêem a cor vermelha. As cores fazem-nos sentir coisas diferentes. Malvida é o nome desta rainha, a rainha das cores. Nunca se sabe bem se está bem-disposta, feliz, triste ou furiosa. Depende da cor.

 

A onda

“Quem brinca com o fogo, queima-se” e quem brinca com o mar, molha-se. Esta menina meteu-se com o mar — até lhe deita a língua de fora — e vê bem o que aconteceu!… A menina na página da esquerda, o mar na da direita. O que será que acontece se algum deles passa a fronteira?

 

Boa noite!

Por falar em cabeças perdidas. O Sr Silva até parece simpático e calmo. Nada que ver com os miúdos malcriados destes outros livros. E a verdade é que não perde mesmo a cabeça, só é um pouco distraído e isso faz-nos dar gargalhadas. Grande Sr. Silva!

 

A meia perdida

Já te deve ter acontecido teres perdido uma coisa de que gostavas muito: um brinquedo, um boneco, um livro, talvez. E meias? Aposto que já ouviste reclamar lá em casa que há sempre meias sem par… Há até grandes teorias sobre o desaparecimento das meias: que são as máquinas da roupa que as engolem, que as leva o vento (como à cabeça da Céu)… Ou terá sido o gato? Ou o rato?…

 

Montanhas

Experimenta subir a uma montanha. É uma coisa maravilhosa! Não só subir como chegar lá a cima. Não é fácil, mas vale mesmo a pena. E desenhar uma montanha? Neste livro, tens algumas ideias para tentares. Queres experimentar?

 

Fotografia: LU.CA/Alípio Padilha