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Movimento

Uma partícula mais pequena do que um grão de pó

Sofia Dias e Vítor Roriz
1 a 10 fevereiro 2024
Três bailarinos juntos no centro de um palco mal iluminado

Informações técnicas

Escolas

1, 2, 6, 7, 8 e 9 fevereiro: 10h30

Famílias

3 e 4 fevereiro: 11h30 e 16h30
10 fevereiro: 11h30

Sessão descontraída

10 fevereiro: 11h30

Classificação etária

A classificar pela CCE

Público-alvo

A partir dos 6 anos

Duração

35 min.

Preço Escolas

€3 menores 18 anos / €1 escolas TEIP / Acompanhantes isentos

Preço Famílias

3€ menores de 18 anos / €7 maiores de 18 anos / Descontos aplicáveis

Espetáculo abrangido pelo Passe Cultura (em exclusivo na bilheteira do teatro)

Descrição

Que sons e vozes surgem quando as máquinas do mundo param por completo?

Sinopse

Por vezes, há máquinas, engrenagens e sistemas que de tão grandes e complexos parecem impossíveis de parar, mesmo quando a maior
parte das pessoas acha que viveríamos muito melhor sem eles. A verdade é que, por vezes, basta “uma partícula mais pequena do que um grão de pó” para fazer parar quase todas as máquinas do mundo. Será que isso já aconteceu? Vamos imaginar que sim. E vamos imaginar o silêncio logo após essa paragem. Será mesmo silêncio? Que outros sons e outras vozes se escondem nesse silêncio das máquinas? Que línguas falam e o que dizem?

 

História visual que acompanha a sessão descontraída do espetáculo Uma partícula mais pequena do que um grão de pó

 

 

 

Sobre o espetáculo

 

“Neste espectáculo, o palco é como uma folha de papel onde vemos um desenho deixado a meio. E a primeira coisa que fazemos é tentar completar esse desenho. O que é que poderíamos desenhar entre uma montanha gelada ao fundo, um pequeno vulcão à frente e algumas rochas e pedras aqui e ali? E como desenhar num palco?

 

Sim, poderíamos usar uns lápis e uns marcadores gigantes, mas pareceu-nos mais interessante usar o nosso corpo, os seus gestos e movimentos para, aos poucos, desenhar o que nos parece faltar nesta paisagem. Os dedos começam por desenhar umas ervas à “boca de cena”, depois os braços formam uns arbustos por onde espreita um animal, lá ao fundo as nossas pernas fazem o tronco de uma árvore de fruto e, ao lado de uma rocha, as mãos desenham a toca de um réptil e o desabrochar das flores.

 

Enquanto estamos a desenhar com o nosso corpo, também gostamos de imaginar que a natureza toma realmente conta deste teatro. E assim, imaginamos as ervas a crescerem entre as quarteladas do palco, as trepadeiras a subirem pelos panos e a enrolarem-se nos tubos e projectores, a água da chuva a infiltrar-se e a escorrer pela parede do fundo, a descer até à boca de cena num pequeno riacho e depois a espalhar-se num lago pela plateia.

 

E tu, que assistes a tudo isto da plateia? O que poderias ser? Se calhar terias de ser uma árvore. Porque só as árvores é que conseguem “ver” o tempo das plantas. Um tempo que aos nossos olhos parece demasiado lento, quase estático, mas que para as árvores, que podem viver centenas de anos e permanecer num mesmo lugar durante toda a sua vida, esse é o tempo de uma constante transformação onde nada está parado mas sempre em movimento.

 

Ou então, se não quiseres ser árvore, podes ter apenas uma daquelas câmaras de fotografar que captam imagens de um mesmo lugar durante dias, semanas ou meses e que depois vemos em fast forward como nos documentários.

 

Uma sequência de fotografias em fast forward… Sabes que é mais ou menos assim que se fazem muitos desenhos animados e animações? Aliás, nesta peça, imaginamos o movimento do corpo como uma sequência de fotografias em fast forward, tal como numa animação em stop motion. Nesta peça, o tempo do movimento está alterado, por isso, poderá parecer pouco orgânico, quase mecânico ou até mesmo digital.

 

Que mais podemos dizer…? Ah! Nesta peça há três pessoas. Duas dessas pessoas estão vestidas com o mesmo tipo de roupa e a terceira destaca-se por ser diferente das outras. Se quiseres podes chamar a esta terceira pessoa de Hobi. As outras duas pessoas parecidas não têm nome porque, para nós, elas são a paisagem. Isto é, são elas que vão desenhando a paisagem onde Hobi está. Desenham a paisagem com o seu corpo, como se o teatro fosse uma folha em branco. Mas nem sempre esta distinção entre Hobi e as outras duas pessoas é assim tão clara. Por vezes, é Hobi que altera a própria paisagem com a sua imaginação. Por vezes, basta um espirro de Hobi para provocar uma rajada de vento e fazer cair uma maçã da árvore. Poderíamos até dizer que o sonho de Hobi é confundir-se com os elementos à sua volta e tornar-se paisagem. E tu, já alguma vez desejaste ou experimentaste ser paisagem também?”

 

Sofia Dias e Vítor Roriz

 

 

 

Informações artísticas

Direção artística
Sofia Dias e Vítor Roriz

Interpretação
Francisca Pinto/Joana Manaças, Lucas Damiani e Vi

Som/música
Sofia Dias

Desenho de Luz e direcção técnica
Nuno Borda D’Água

Figurinos
Filipe Pereira

Colaboração para a cenografia
Catarina Dias

Produção
Sofia Dias & Vítor Roriz

Coprodução
LU.CA - Teatro Luís de Camões (Lisboa), Teatro Viriato (Viseu), Teatro Municipal do Porto, Cineteatro Louletano (Loulé), A Oficina (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo)

Apoio em residência
Fórum Dança (Lisboa), Fundação Champalimaud (Lisboa) - Artistas residentes 2023/24, Pro.Dança (Lisboa)

Apoio
Centro Cultural de Belém (Lisboa)

Administração SD&VR
Cátia Mateus

Difusão SD&VR
Sylvie Becquet

Sofia Dias & Vítor Roriz é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes