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Ciclo Ética e Justiça

Silhueta de balança roxa sobre fundo verde. No interior as palavras 'Ciclo Ética e Justiça'.

É fácil ouvir as crianças esgotarem a expressão “Isto não é justo”. Quase sempre quando se referem a algo que sentem que não está bem
para elas, normalmente porque desejavam uma resposta ou opção diferente, mais favorável aos seus desejos, de acordo com as suas expectativas ou mais equilibrado com aquilo de que se sentem merecedores. Nesses momentos é possível que suspeitem que a justiça significa um direito, mas talvez o que queiram realmente dizer é “Isto não é ético”! Aqui referindo-se aos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam os comportamentos de alguém.

 

A ética é um dos princípios mais importantes no desenvolvimento social das crianças porque se refere à consciência do que é certo e errado nas relações com as outras pessoas. Na verdade, Ética e Justiça caminham juntas. A justiça, ou seja as questões que dizem respeito às leis, pode promover os princípios morais e éticos. Ao mesmo tempo a virtude da ética, no interior de cada um de nós, pode guiar o aperfeiçoamento das leis.

 

Este ciclo de programação, que se estende entre o teatro e a escola, surge num tempo de guerras longas, sempre incompreensíveis, que se
alastram entre países. A ética no contexto de guerra e de conflito armado tem como base fundamental a “noção” do que é justo, associado ao “direito” de fazer a guerra, enquanto forma de autoproteção. Esta ideia sobre fazer guerra tem, naturalmente, a subjetividade própria da sua avaliação.

 

É neste contexto que ao longo de um mês, através de diferentes propostas artísticas e atividades de mediação, vamos procurar dar pistas
para ajudar as crianças e os jovens a pensar e a levantar questões sobre a ética e a justiça. Aqui entendidas como conjunto de regras e preceitos que norteiam as ações de um individuo no mundo, contribuindo para a formação de uma sociedade cada vez mais íntegra, justa e tolerante.

 

Acreditamos que é possível contribuir para a construção de um lugar onde podemos dizer com propriedade “Atenção, há coisas que não se fazem”,  sem termos de explicar porquê.

 

Grandes Dilemas, Joana Rita Sousa (filocriatividade), Exposição
Em janeiro a palavra contada é a Justiça, de Bru Junça, Leitura
Isto não é justo, de Festival PLAY, Cinema

A Quinta dos Animais, de Tonan Quito, Teatro
Os Três Porquinhos: uma questão de Justiça, de Ana Lúcia Palminha e Soraya Nour Sckel, Leitura/Conversa
Ética e justiça na literatura infantil, de Soraya Nour Sckell, Curso Livre
Posso fazer? Devo fazer?, Joana Rita Sousa (filocriatividade), Oficina
Uma Ideia de Justiça, de Joana Providência, Teatro