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Os livros de Catarina Requeijo

Os novos livros da Biblioteca do Público do LU.CA trazem-nos histórias em rima, humor e um balão vermelho.

Catarina Requeijo escolheu vários livros que orbitam à volta do espetáculo Não Há Duas Sem Três.

 

 

O BALÃOZINHO VERMELHO, de Iela Mari, Kalandraka

 

Quando comecei a trabalhar para e com a infância, no início do milénio, havia muito poucos livros de qualidade para este público. A maior parte dos livros que usava quando tinha de fazer atividades, eram desta editora – a Kalandraka – mas só existiam noutras línguas. Este era uma pérola, porque não tinha palavras… passou a ser um dos meus livros preferidos, ofereço-o quase sempre como primeiro livro, logo no dia do nascimento.

É curioso porque tem uma relação com este espetáculo, o Não há Duas sem Três.  No espetáculo, a tia Odete também segue um balãozinho vermelho para encontrar a sua sobrinha Manuela.

 

 

A MEIA PERDIDA, de Anine Bösenberg, Bruaá

 

Para “ler” este livro é preciso nunca perder “o fio à meada”… As duas personagens seguem o percurso de um fio e cruzam-se com outras personagens, em situações mais ou menos fantásticas. Apesar de não haver palavras neste livro, podemos facilmente imaginar diálogos.

Quando queremos encontrar alguma coisa, não podemos desistir. Nem uma floresta coberta de neve nos pode impedir. E tenham a certeza: quando procuramos alguma coisa, nunca voltamos iguais.

 

 

GINÁSTICA ANIMALÁSTICA, de Isabel Minhós Martins com ilustrações de João Fazenda, APCC Associação para a promoção cultural da criança

 

Gosto muito de textos em rima. (Acho que se nota nalguns espetáculos que faço.) A rima provoca muitas surpresas e ligações inesperadas e, às vezes, obriga-nos a usar palavras que não usamos no dia a dia. Neste livro muito divertido consegues acompanhar vários animais, especiais à sua maneira, que tentam exercitar os seus corpos num ginásio inventado pela Dona Girafa, óculos fundo de garrafa. Este livro faz parte de uma coleção que tem outros livros muito bons.

 

 

DUARTE, de Maurice Sendak, Kalandraka

 

Gosto de tudo neste livro: da capa, do subtítulo: uma história moral em cinco capítulos e um prólogo, das ilustrações, do texto – em rima – e, sobretudo, do autor Maurice Sendak que, além deste, escreveu muito outros livros maravilhosos.

Aqui podes seguir a história de Duarte, um rapazinho que se aborrecia com tudo e a quem nada importava. Pelo menos era assim que pensava. (Já estou a rimar. Estão a ver? A rima é contagiosa. Se começarem a experimentar, não vão conseguir parar. Ai! Já rimei outra vez. O melhor é parar porque “não há duas sem três”!)

 

 

 

OBRAS COMPLETAS DE MÁRIO-HENRIQUE LEIRIA: FICÇÃO, de Mário-Henrique Leiria, E-primatur 

 

As inspirações para inventar espetáculos surgem muitas vezes a partir de livros. Pelo menos no meu caso. Quando decidimos que o contexto deste espetáculo seria a Feira Popular, lembrei-me logo de um texto que está neste livro. Chama-se “Luna Parque”. É um texto muito divertido, com um humor um bocadinho terrível de que gosto muito. Acho que é preciso rirmo-nos de coisas muitos sérias. Neste livro podes encontrar outros textos muito divertidos. Tens de procurar bem. Alguns são muito pequeninos, mas são verdadeiras pérolas.