To be Shakespeare or not to be Shakespeare – that’s the question…
Informações técnicas
2 março 2023
17h30 às 20h
Professores e educadores
2h30 por sessão
€20 (preço único)
15 pessoas
bilheteira@lucateatroluisdecamoes.pt
Descrição
Uma formação para professores e educadores interessados em novas abordagens das obras clássicas junto das crianças e jovens.
Sinopse
Cláudia Jardim e Diogo Bento são dois dos artistas responsáveis pela criação dos espetáculos Hamlet Sou Eu (2007), Romeu e Julieta (2017) e MACBAD (2021), uma trilogia dedicada a três tragédias Shakespearianas repletas de mortes, assassinatos, sangue e vingança, que reúnem em si um universo de fatalidade sanguinária, por norma, afastado do público mais novo. Além disso, são também três obras construídas a partir de três clássicos da dramaturgia ocidental considerados intocáveis e calcificados pelos estudos académicos e pelas abordagens cénicas que, ao longo do tempo, foram sendo apresentadas.
Um dos desafios principais que sempre os orientou foi o de fazer chegar estes textos ao público jovem. Como despertar o interesse por obras com mais de 400 anos? Serão os ditos clássicos intemporais? O que fazer com as divergências do zeitgeist? Será que estas narrativas ainda fazem sentido nos dias que correm? Estas foram algumas das dúvidas com que se depararam e às quais tentam responder com a criação dos três espetáculos.
Ora, é justamente a partir delas e do confronto dos espetáculos com o público que se propõem a conversar, a problematizar e a estruturar algumas conclusões a partir da sua experiência. Para amantes dos clássicos, para céticos impregnados de pós-modernidade, mas principalmente, para todos os que se baloiçam entre os dois extremos e que se interessam por novas abordagens do cânone, querem partilhar dúvidas, desenvolver teses, chegar a algumas ideias e rebatê-las para começar tudo de novo. For forever and two days.
O curso (ACD), em parceria com o Centro de Formação da APP (Associação de Professores de Português), encontra-se em processo de certificação, com creditação para os professores dos Grupos de recrutamento 110, 200, 210, 220, 300, 310, 320, 330, 340, 350.
Cláudia Jardim
Trabalhou na Companhia de Teatro Sensurround, em encenações de Lúcia Sigalho e no Teatro da Cornucópia em encenações de Luís Miguel Cintra e de Ricardo Aibéo. É membro do Teatro Praga, desenvolvendo aí o seu trabalho como criadora e intérprete. Além disso, tem estabelecido parcerias criativas com Patrícia Portela. Destaca ainda a tradução de “Quarteto” de Heiner Müller e diversos workshops dirigidos no Teatro Viriato, no Fórum Dança e CNB e com associações como A Avó Veio Trabalhar, Universidade Terceira Idade da Junta de Freguesia da Misericórdia, Mais Skillz, entre outras. Colabora regularmente com os artistas plásticos Vasco Araújo, Javier Nuñez Gasco e João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira.
Diogo Bento
Licenciado em Estudos Portugueses, pela FCSH – UNL e Teatro – Formação de Atores na ESTC. Realizou duas pós-graduações, uma em estética e outra em Formação educacional, ambas na FCSH/UNL. Estudou, enquanto aluno Erasmus, nas faculdades Paris 3, Paris 4 e Paris
8. Obteve o título de especialista em Fevereiro de 2020 na área de Artes/Teatro/Interpretação, pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Atualmente, é professor de artes performativas na ESTC e de práticas teatrais na Escola Superior de Dança. Em teatro, trabalhou com grupos
como a Mala Voadora, Teatro da Garagem, Cão Solteiro e Estrutura. Colabora regularmente com o Teatro Praga como criador e intérprete. É encenador no Grupo de Teatro da Nova e cocriador com Inês Vaz de vários espetáculos. Apresentou espetáculos em Portugal, Espanha, França, Itália, Roménia, Brasil, Turquia e Macau. Redigiu e apresentou a performance We’ll always have Paris (2019) no festival Impasse e escreveu ainda a obra intitulada Juramento de bandeira, a ser publicada brevemente pela Sistema Solar.
Integrado na I Bienal Cultura e Educação do Plano Nacional das Artes